quinta-feira, 27 de setembro de 2007

| cinema | Oscar 2008

Ontem foi escolhido o concorrente Brasileiro a concorrente ao Oscar desse ano. É "O ano em que meus pais saíram de férias"(2006), de Cao Hamburger. A primeira frase não tem erro de construção: essa é uma indicação do Brasil à academia, que avalia filmes que não são falados em inglês do mundo todo e escolhe 5 para concorrer ao Oscar.

Nada de estranho na escolha, esse foi o filme melhor elogiado pela crítica, nos últimos meses.

Não assisti à maioria dos que estavam concorrendo, mas assino embaixo dessa decisão. "O ano..." é um bom filme, que trata das venturas e desventuras de um garoto da década de 70 que tem que lidar com novos costumes, novos amigos, pais desaparecidos e um avô morto. Não é um filme agitado, nem empolgante e, a depender de seu estado de humor, pode ser bem chato. Mas tem um fundo político bem construído e uma história que remete ao pão e circo que foi nossa ditadura. No entanto, não me parece filme pra Oscar. Veremos.


Os outros 17 indicados eram A Grande Família - O Filme, A História das Três Marias, Antônia, Batismo de Sangue, Cidade dos Homens, Fabricando Tom Zé, Muito Gelo e Dois Dedos D'Água, O Céu de Suely, O Cheiro do Ralo, O Dono do Mar, Ó Paí, Ó, Passageiro - Segredos de Adulto, Primo Basílio, Proibido Proibir, Saneamento Básico - O Filme, Tropa de Elite e Três Irmãos de Sangue.


É sabido que, mesmo com toda a publicidade que seja feita para um filme, mesmo que seja recheado de estrelas globais, mesmo que seja um filme da Xuxa, a bilheteria do cinema nacional é sempre sofrível. Há muitos motivos, mas o maior deles é um preconceito meio irracional, de simplesmente não dar chance a filmes brasileiros.

Mas isso é conversa pra outro post.
Agora, uma faceta curiosa dessa história toda você pode ver nessa imagem abaixo:

Clique pra ver os 55% de Tropa de Elite


A Folha estava fazendo uma pesquisa de opinião pra saber qual filme seria escolhido. E na votação mais da metade achava que seria o fenômeno "Tropa de Elite". Todos sabemos da história: o filme vazou, foi parar na internet e na mão de todos os vendedores de dvd pirata do país, e sequer estreou nas salas de cinema. Deve ser o filme brasileiro mais assistido dos últimos tempos, e isso se reflete nessa pesquisa aí em cima: mais da metade dos votantes queria ver Tropa de Elite concorrendo ao Oscar. A onda é tão grande que já tem até "Tropa de Elite 2", se você procurar.

Será que, se o vazamento não tivesse acontecido, "Tropa..." iria sequer ser votado? Ou mesmo estaria na lista, já que nem estreou? Duvido. Mas seu sucesso é inegável, entre a população que compra piratas: cansei de ouvir conversas de ônibus com pessoas indicando o filme, e alguns vendedores de dvd me disseram que era o filme que mais teve saída nas últimas semanas ( a ponto de um deles ter uma caixa separada, cheia de cópias ). É uma coisa a se pensar: será que não é por esse viés que o cinema Brasileiro poderia seguir? Não estou nem entrando no mérito da qualidade do filme, que não assisti ainda...mas na maneira de distribuição, na estratégia de marketing: será que não seria melhor tentar atingir as massas, dessa forma direta? Mas, novamente, isso é assunto pra outra postagem.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

| tv | Os Simpsons

Não é à toa que Os Simpsons é a série mais longeva da história da televisão.

A estrutura dos episódios, a quase total ausência de continuidade ou de histórias que aconteçam em mais de dois episódios, as situações estapafúrdias ( ainda que possíveis ), a estereotipagem e a atitude politicamente incorreta das personagens são alguns dos motivos que levam ao sucesso da animação.

E outros motivos bem legais de ver são as visitas de celebridades e as referências culturais, em especial ao cinema. Elas dão uma qualidade à serie que é primordial para essa longevidade: identificação com públicos de idades variadas, parodiando as suas lembranças. Um camarada selecionou algumas dessas referências e fez uma lista bacana, que pode ser acessada aqui.

E agora, que estreou a décima-nona temporada, posso dirimir umas dúvidas que estavam me rondando: o quanto do filme (que é, na essência, um episódio mais longo) vai ser agregado à série regular? Maggie vai começar a falar? Lisa mantém o namorado? E, o mais importante, qual o futuro do Porco-Aranha?

Ainda não pude assistir ao primeiro episódio mas, ao menos na abertura, Springfield ainda está se recuperando do caos que foi mostrado no filme. Veja aqui.

| propaganda | Golf da Volkswagen

Duas propagandas sensacionais para o Golf, uma parodiando Gump e outra atualizando Don LockWood.




Drive, Forrest, drive!




Breaking in the rain


Me impressiono quando vejo peças como essa que, com inteligência, se apropriam de ícones culturais. Além disso a parte técnica é impecável, tanto na excelente animação do Cantando na Chuva quanto na ótima direção de arte do Forrest Gump. Improvável não gostar de propagandas assim.


Vi no Bicho de Goiaba.

| arte | Marcel Marceau



Dia 22 morreu Marcel Marceau, um mímico que ajudou a difundir e valorizar a "arte do silêncio" depois da segunda grande guerra. O nome pode não ser tão familiar, mas acredito que seu personagem mais famoso, o palhaço Bip, seja mais reconhecível. Essa maquiagem com pasta branca e olhos marcados praticamente faz parte da vestimenta de qualquer mímico, e foi imortalizada por Marceau.

Veja essa entrevista acima e leia um pouco mais sobre ele na Wikipedia.

sábado, 22 de setembro de 2007

| cotidiano | Sexta-feira

Nesse meu caminho atual, tenho deixado as sextas se tornarem meu dia de efetivo descanso, mental e físico.

Logo pelas manhãs, tenho participado de um excelente curso introdutório ao design. Bacanas, as aulas abrem alguns horizontes e me confirmam, academicamente, pensamentos que eu havia formulado por puro sentimento. Cresce a vontade de trabalhar na área, e a certeza de que não dá pra ser designer apenas com "feeling": é preciso teoria, é importante conhecer regras, especialmente quando se imagina querendo subvertê-las. E esses pensamentos povoam essa primeira parte das minhas últimas sextas.

Depois a aula, tenho me dado a chance de fazer algo que gosto muito, que é sair derivando pela cidade. Deriva é um processo de identificação de um lugar, usado em muitos projetos de arquitetura, mas que na verdade tenho usado mesmo é pra me divertir: pode ser resumido como "seguir o fluxo". É simplesmente fazer o que der na telha, andar sem rumo definido, pelo prazer de andar e prestar mais atenção por onde se anda. Em arquitetura ( e sociologia, antropologia, artes plásticas...), é usada pra tentar levar em consideração aspectos psicológicos no projetar; tentar entender o porquê de ter virado à esquerda ao invés da direita, por exemplo, e usar isso no projeto.

Na de uma semana dessas, fui pegando um ônibus qualquer e descendo em um ponto qualquer, arbitrando um caminho e modificando mais na frente. Bati papo com uns senhores na ladeira da preguiça, uns pivetes numa praça que tentaram me ensinar malabares, vendedores de dvd que não liberaram de jeito nenhum a informação de onde eles conseguem os filmes. Nem dá pra deixar de falar sobre a chuva que tomei naquele dia: como na maioria das vezes, nem me importei, e até gostei dela, que chegou sem aviso, arrebatadora. Mas o sensacional foi uma senhora, bem velhinha, que me ofereceu abrigo em um guarda chuva com as pontas quebradas. Mesmo já ensopado, aceitei.

Em outra, conheci São Marcos, o bairro, e um bar sensacional que tinha no cardápio um rodízio que vendia de comida baiana a pizza, passando por churrasquinho, feijoadas de três feijões diferentes e tabule. O dono, Hélio, um senhor de seus cinquenta e poucos anos, disse que fez isso porque já morou em todos os estados, já comeu daquilo tudo, mas o que gosta mesmo é de viver em Salvador, onde nasceu.

Ontem, mais light, andei pelo campus de ondina da UFBa. Parei na biblioteca central e fiquei folheando uns livros, mas sem muito afinco. Fui na livraria da EdufBa ver se tinha alguma coisa boa pra comprar, já que ainda tenho uns descontos por ser aluno. Acabei conhecendo a livreira mais figura que já vi, com quem fiquei jogando conversa fora e falando bobagens a tarde inteira. Ela me mostrou livros interessantes, passagens que ela gostava e um livro especial que será assunto de um próximo post. Acabei indo com ela e o namorado, outro doido, a uma sessão da "Sexta Cultural" na faculdade de ADM, assistindo o brasileiro "Cronicamente inviável". Ainda fui num lançamento de um curta, "Terezinha", que cheguei atrasadão e não assisti. O diretor me prometeu uma cópia em dvd, antes que chegue nos camelôs. Apesar de eu não duvidar de escutar "Tropa de Elite e Tropa de Elite 2, três reais...Xereck 3também. Já tenho Terezinha,já tenho Terezinha, Terezinha só comigo, dois reais..." nas ruas qualquer hora dessa.

Essa tem sido minha higiene mental, e recomendo. É muito melhor quando se registra, desenhando ou fotografando, mas não lembrei disso. É uma pena, por exemplo, eu nem ter idéia de como chegar novamente no Bar do Hélio, a não ser que passe por perto novamente. Numa próxima, quem sabe eu registre melhor, ou pelo menos escreva no dia em que fizer. Essa sensação, não de turista, mas de observador, explorador, é muito bacana. Especialmente numa cidade completamente heterogênea como Salvador, que na esquina seguinte pode estar a maior figura que já se teve notícia.

Claro, essa é uma diversão de arquiteto. Pra mim, essa é a melhor e mais completa forma de entender uma cidade: conhecer suas pessoas, andar em suas ruas, olhar os prédios e como todos esses elementos se relacionam, sentar num banco de praça e observar, assimilando a paisagem e guardando essas referências. Digo novamente, recomendo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

| teste | O quanto você entende de cinema?

Acertei um monte, estava achando fácil, até meio "blockbuster" demais. Mas aí me vieram umas perguntas que sequer havia ouvido falar do filme. Acabei com 71%.

Vale pela curiosidade. Vi no Favoritos.

71%The Movie Quiz

FilmCritic.com - Movie Reviews



P.S.: Qual o correspondente luso para "blockbuster"? Você sabe, os filmes que fazem enorme sucesso nas bilheterias, que deixa os estúdios rindo de orelha a orelha? Só me ocorre "Arrasa-quarteirão", que é meio literal e estranho de falar.

Alguém?

| psicologia | Truque das cores do baralho



O vídeo acima ilustra bem uma situação que nos é mais comum do que imaginamos: a atenção focada em apenas um aspecto de um acontecimento nos deixa completamente alheios a outros fatores, tão ou mais importantes que o que estamos assimilando.

É assustador não perceber o truque com as cores. É o que se convencionou chamar de "economia de atenção" ( veja mais aqui e aqui ) e é nossa reação à quantidade absurda de informação com a qual temos que lidar. Assim, entre conhecimento e entretenimento, no meio de tantos dados, nos acostumamos a fazer scannings visuais, tentando apreender e prestar atenção apenas ao que realmente interessa...mas o efeito colateral ruim dessa história é a cegueira que o vídeo ilustra, uma falta de percepção do todo ( que é muito maior que a soma de todas as partes ).



Vi no Blog do GJol, que acompanho diariamente e é altamente recomendado. Se for lá, clique nos links desse post, e passeie pelo blogue, tem muita coisa boa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

| política | Renan Calheiros

E não é que o cara foi absolvido?

Absurdo, não? Mas a gente devia ter esperado por essa...os sinais estavam no ar, mas a esperança de que dessa vez alguém seria punido deve ter enevoado nossa percepção. O Renan estava tranquilo demais, a votação seria secreta, Lula não sabia nem opinava nada ( a não ser sempre falando do benefício da dúvida ), no dia da votação teve confusão, enfim, tudo indicava a produção de uma enorme pizza.

Isso sem contar que todo o bafafá em torno de Renan ajudou a ofuscar aqueles outros julgamentos: do José Dirceu, Genoíno, Marco Aurélio...vários coelhos com uma porrada só.

Um texto resumindo a história pode ser lido aqui.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

| software | Adobe Photoshop Express

Desde o início do ano, já podemos usar o Premiére Express, para fazer edições em vídeos online, sem a instalação do programa. É para os tempos do youtube, pronto para fazer pequenos cortes, remixes e misturas entre vídeos. Ainda não havia experimentado, mas acabei de ver que é bem simples. A interface é bem intuitiva, baseada em flash e realmente é bastante otimizada com uma conexão que tenha uma banda mais larga que a minha.

Pois bem, semana passada a Adobe anunciou o Photoshop Express, com a mesma intenção do Premiére: um software online para edição rápida de fotos. Direcionado para qualquer usuário da internet, é gratuito e pode atingir muito mais usuários que a versão instalada localmente.

Captura de uma tela do PS Express

Vendo essa imagem do PS Express sendo usado dá pra entender que não é uma versão do CS3, e sim um produto totalmente novo, como aconteceu com o Premiére. E aquele cubo ali na parte de baixo da direita é, pra mim, um indício de que toda a suíte da Adobe vai ter a sua versão online. Muito bom!

Com a qualidade que a Adobe coloca em seus produtos, acho que dá pra esperar um produto amigável, intuitivo, bacana de usar. Mas essa não é uma idéia nova não: seguem quatro editores online de fotos, que dão bons resultados.

Tem dois que estavam aqui nos favoritos: o Snipshot e o Pixenate.

O dois são bem parecidos, bem diretos, sem muitas opções: dá pra cropar, redimensionar, alterar saturação, contrates, cores. O Snipshot só tem essas opções mesmo, mas sua área de ajustes me parece melhor que a do Pixenate. O Pixenate tem mais algumas funções, inclusive com uma pré-visualização dos efeitos, e dá pra mandar direto pra sua conta do flickr. Ambos são sites bem leves, mas não experimentei com imagens maiores que 1mb, não sei como é que reagem.


Esses outros dois só conheci lendo o post no BLOG.MACMAGAZINE: o Pixer.us e o Phixr.

O Pixer é o que tem mais opções, e o Phixr faz mais ou menos o mesmo que os dois primeiros. Do Pixer não achei o site estável, ficava caindo, a foto não atualizava...pode ser que tenha sido a hora que eu usei. O Phixr salva em mais formatos, e tem a opção de enviar direto pra um monte de sites como imageshack. fotolog, flickr e alguns outros. Mas, além de ter o site mais feio e mal-organizado de todos, é o único que pede um login, o que deve afastar potenciais usuários.

São quebra-galhos, claro. Mas de qualquer forma, é bom deixar ao menos um deles em sua lista de favoritos.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

| cinema | Simpsons, O Filme

Nos créditos dos Simpsons existe uma continuação da história. O pedaço mais interessante é esse:


- Sequência?

Se quiser ver todos os créditos, clique aqui.


Seguem duas versões do Spider Pig: a primeira é a versão à capela, do fim dos créditos e da epifania de Homer. A outra é mais pela curiosidade, num língua que parece alemão pra mim.




Spiderschwein!




E aqui, uma suposta cena deletada. Ela é um spoiler pra quem ainda não viu, pois acontece numa situação de desfecho, mas ainda assim não estraga nenhuma surpresa: o Hino de Springfield.



Springfield doesn't have an anthem!
We thought we have one, but we don't!
We paid a short guy to write it,
But we never saw him again

That tune, We stole from the French!
There are a few things they do well,
Making love, vine and cheese,
Like roquefort, camembert and bri

Springfield, we're going to die!
Springfield Im scare, Goodbye !

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

| cotidiano | Rápidas ( ou nem tanto )

Às vezes acho que escrevo muito, aqui no Salada. O que vocês, leitores, acham?

De antemão, me "defendo":

1 - A maioria sabe que eu falo pouco, normalmente escuto muito mais...isso talvez explique o porquê que toda vez que eu me preparo pra escrever não me contenho. Por exemplo: esse post tinha imaginado só com a primeira frase e com outras notícias curtas, mas já estou no terceiro parágrafo. É um negócio compulsivo...agora que escrevi, nem quero apagar. Deixa aí pra eu ver o que vocês falam.

2 - Eu sou meio prolixo mesmo...e me disperso, os assuntos vão passando na cabeça, eu vou tentando organizar e...bom, dá nisso aí que vocês estão lendo. É um pouco como projetar, vou me deixando levar na correnteza das idéias, a maioria das vezes sem um rumo ou destino fixo. Claro, o grande risco dessa história toda é naufragar...e um grande efeito colateral é que eu dificilmente consigo explicar exatamente o que estou pensando.

Na maioria das vezes, o resultado é muito menos importante pra mim do que o processo, esse sim enriquecedor. Por me comportar assim, dificilmente tenho receio em descartar uma idéia e recomeçar, já que viver o processo é que é prazeroso. E como qualquer outra coisa, essa atitude tem efeitos bons e ruins. Ultimamente tenho posto esses valores em cheque, já que eles fatalmente me transformam num cara que não termina as coisas que começa, e que fica indefinidamente fazendo várias coisas ao mesmo tempo.

3 - Esse é um espaço bacana, que gosto de usar.

Me divirto olhando, por exemplo, pessoas que chegam até aqui a partir das pesquisas no google. Não vi nada muito inusitado até então, mas estou nos primeiros lugares quando pesquisam por "Nico di Mattia", por "Jogo dos transformers" ou por "harry potter e as insígnias da morte" . Muito por isso, ativei uma busca aí do lado e o Adsense do google que, enquanto escrevo, está colocando links para "trailers de filmes" e para "tunar seu carro" (!?), além de "escola para atores" e "sebos no RJ". Quero ver se alguém clica nesses trecos.

Mas esse não é um blog para paraquedistas...eles não passam nem um minuto por aqui. Ele ainda é feito pensando em dizer coisas a um grupo meio restrito, que de alguma forma se importa com o que penso.
E assim tento escrever o melhor texto possível...mesmo que fique longo.

E teria mais coisas a dizer, mas gostaria de saber mais do lado aí de vocês.
Afinal, cá estou eu novamente escrevendo feito um condenado, quando poderia ter deixado ( e tinha planejado ) uma única frase.


E, depois dessa catarse, os tais fatos rápidos que iria citar:

1 - Hackearam o site da Bahiatursa, mas ao que parece ninguém notou. Tadinhos dos hackers...deve ser a pior coisa do mundo pra um cara que teve o trabalho de sacanear com alguém e nem esse alguém parecer notar isso.
Bom, fiquem felizes, pessoas do Ritualistas Group: Eu notei o trabalho de vocês! Melhor ainda, eu achei uma sacanagem, já que justo hoje que eu estava querendo ler umas coisinhas por lá.

A imagem:


Pronto, fiz a boa ação do dia...

| Update | a princípio, parece até que tem um pouco de ativismo na ação dos Hackers. Na imagem que agora está lá, existem alguns dizeres em um inglês meio macarrônico:

Do lado esquerdo, em cima, algo como "Sonhadores continuam sonhando, outros deixam seus sonhos de lado. Mas aquele que sofre com a pobreza transforma seus sonhos em um pedaço de pão"
E do lado direito, "O corpo humano consegue suportar a fome? a resposta é NÃO".

Bom, não sei muito bem qual o alcance disso. Mas enviei um email pra redação d'A Tarde com o link hackeado.



2 - É, Pavarotti morreu. Fiquei impressionado com a quantidade de gente que foi ao enterro, e com a comoção que demonstraram. Apesar de não ser frequente em minhas listas de músicas, gostava da maneira como ele cantava, e lembrei de bons momentos ouvindo-o. Não é que deixei uma lágrima correr enquanto via imagens dele, e de suas apresentações? No fim, essa foi minha reverência ao cara, e à sua dedicação à música.


3 - O Google reader agora mostra exatamente quantos posts faltam ler, e colocaram um conveniente botão de pesquisa para feeds. No popular, demorô!


4 - Assisti a uma propaganda bem estranha esses dias: ao som de uns atabaques esquisitos, uma mãe-de-santo joga búzios pra um casal. É uma propaganda que diz que ele vai comprar um carro e que depois ainda sobraria uma grana para ela finalmente realizar o casório. Bom, além dos atabaques, do cenário colorido e do sotaque arrastadíssimo da suposta Baiana, colocam a mãe-de-santo pra falar "Minha rainha".
Velho, alguém já ouviu isso? Claro, na cabeça do roteirista, que com certeza nunca se dispôs a vir por aqui, se nós falamos "Meu Rei" é óbvio que existe o termo no feminino. Se a peça foi feita pra passar só aqui ou em rede nacional, não importa: em ambos os casos é um vexame ver que alguém produziu um negócio desse, caro, sem nem fazer um mínimo de pesquisa. Terrível.


5 - Já viram as novidades da Apple, né? Nova linha de Ipods, desconto em Iphones, Itunes direto via wi-fi... Massa mas, como sempre, totalmente distante de nós. E pegou muita gente desprevenida, e em especial aqueles que pagaram caro e ficaram em filas pra comprar seu IPhone menos de 2 meses atrás. Esses, que há alguns dias amavam o Steve Jobs ( Dono da Apple ) já estão por aí fazendo a caveira do cara, já que agora o telefone com touch screen custa duzentos dólares a menos.

E o mais divertido é ver essa reação no "The Secret Diary of Steve Jobs". Pra quem não conhece, é um blog de um cara, até então anônimo, que diz ser um falso Steve Jobs e que faz graça escrevendo como se fosse o verdadeiro. Sacaneia tudo e todos que falam sobre a empresa de Cupertino, e existe uma corrente de pensamento que garante que na verdade é o Jobso real escrevendo. Fato é que ninguém sabe ao certo. Seguem alguns links:

Today we change the world...again , logo antes da apresentação dos novos produtos.

E depois:

Sorry

You're Pissed

Be afraid

Yeah, we fucked you

Remember the magic?

E tem outros por lá...dêem uma passada depois.



6 - Pra finalizar, um vídeo muito besta mas que ri bastante enquanto almoçava: uma série de dicas para aqueles que, como eu, estão destreinados na arte da sedução.

Bastante elucidativo :)



Vi no Bernabauer.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

| grana | Monetizando o blogue

Monetização é um assunto que se repete pelos blogues indefinidamente.. Vamos lá, entre na onda e monetize seu blogue!

| arte | Justine Ashbee

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Justine Ashbee é uma artista que produz esses belos desenhos, diretamente nas paredes. Trabalha somente com Sharpies, um marcador permanente que é sensacional. Ela é de Seattle, nos Estados Unidos, e está começando a expor na Califórnia, Novo México e Nova York.


A Justine fala o seguinte sobre seu processo de trabalho:

"Eu começo com uma curva, de onde linhas e formas começam a emergir, envolver, se misturar e crescer organicamente, em um caminho intuitivo, enquanto procuro manter uma precisão delicada e elegante. A metodologia é rítmica, espontânea e direta, reduzindo a interferência de formas marcadas previamente. Meio como a caligrafia zen, os desenhos são improvisados e compostos intuitivamente, onde o pensamento e o traço são uma coisa só."

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"Uso linhas precisas e amorfas para traçar o movimento e o comportamento humano em realidades não lineares e imaginárias. Através dessa linguagem visual intuitiva, dou voz às experiências viscerais e do cotidiano dos homens acerca da beleza, do prazer e do sentimento."


Gostei bastante. Vi no JoshSpear.

| cotidiano | Semana estranha

Os últimos dias têm sido estranhos, para os carros aqui de casa.

Mês passado, levei uma multa besta, e fiz minha defesa por esses dias. Nenhuma resposta ainda.

Semana passada, levei o meu carro para dar uma olhada no óleo, que já fazia um tempo que não mudava. Queria limpar o motor, retirando o óleo velho e colocando um novo. Acabei descobrindo um vazamento e que grande parte do óleo tinha virado uma graxa nojenta dentro do motor e nas paredes dos dutos. Numa analogia bem simples, meu carro estava perto de um infarte.

Ele voltou todo sujo, já que parte do motor foi desmontada para poder limpar e trocar filtros, retentores e juntas. Uma grana muito maior do que a que esperava gastar, com o agravante de que os caras comeram as goiabinhas do meu porta luvas! No manuseio, os mecânicos ainda deixaram bancos e volante e tapetes sujos.

Como não tive tempo de lavar tudo isso, peguei o carro de meu pai para ir ao cinema na quinta-feira passada. Chegando no estacionamento do shopping, o carro morreu. Simples assim. Não pegava. De jeito nenhum o arranque funcionava, tive que empurrar o bendito até uma vaga próxima. Continuamos o programa, já que conseguimos um plano B caso o carro realmente não funcionasse depois do cinema. Por sorte, depois da projeção ( e de termos andado como a porra pra chegar onde tinha estacionado ) o carro pegou sem maiores problemas. Fiquei com receio dele morrer no meio da viagem, mas não teve nenhum problema no caminho. Trocamos a bateria no dia seguinte.


Repus o estoque de goiabinhas e barras de cereal do porta-luvas de meu carro, que ficou com meu irmão enquanto trocávamos a bateria e fazíamos uma mini revisão no outro carro. Isso foi Sexta-feira, um dia que choveu canivetes, o dia inteiro.
Pois justo neste dia, Dinho deixou a janela do carro aberta. Foi alguma carona que ele deu.
Com o banco do lado direito encharcado, o carro ficou com um budum terrível, pois eu ainda não o tinha lavado. Ainda usei ele pra levar Beto e Filipe pro aniversário de Kali, e o coitado do Tio Fil ficou com a calça toda molhada a noite inteira. Sacanagem. Na volta para casa, ele não se sentou no molhado e ficou no banco atrás de mim. Com a minha janela aberta, um carro passou ao nosso lado, numa poça escrota. Adivinha como a gente ficou?


No sábado, que não estava em casa. meus pais deixaram o carro aberto pra ventilar um pouco e ver se ajudava na secagem dos bancos. O dia era de sol. Quando já estava quase seco, uma chuva de açoite molhou tudo novamente, só que agora também o lado do motorista!


No domingo de manhã fui lavar o carro. Acabei descobrindo uns arranhões novos, provavelmente vindos da oficina. Nenhum ponto de ferrugem foi encontrado durante a inspeção. No entanto, alguns pedaços da pintura estão descascando, certamente por causa do salitre.

A pintura também está meio queimada no teto e no capô, fruto da ação dos incontáveis passarinhos da área, que insistem em realizar suas necessidades em cima do carro. Aliás, eles estavam comigo enquanto eu lavava o carro, e em um momento até desliguei o som para poder ouví-los. Contei uns 5 deles, de 3 espécies diferentes, no muro lá de casa. Terminei de enxugar o carro, arrumei as coisas dentro do balde e fui guardar. Estava disposto, e peguei até uma cera pra lustrar um pouco a pintura maltratada. Quando voltei, fiquei puto: os sacanas dos passarinhos tinham cagado em todos os cantos do carro! No vidro, na frente, na porta...e o maior deles, que também deixou a maior quantidade de material depositado, fez bem na minha frente. Estava me esperando, o desgraçado, numa atitude que só consigo traduzir como sendo pra mostrar quem é que manda. Que miséra! Limpei novamente a caca dos bichos, mas dessa vez foi com mangueira e bucha. Acabei deixando secando na sombra mesmo, e obviamente perdi qualquer tesão em lustrar o carro e coisas do gênero.

Ah, lavando o carro vi que o vidro ali do pisca do lado do motorista sumiu. Ninguém bateu, ninguém arrancou, e a lâmpada está intacta. Simplesmente sumiu. Deve ter caído por aí.


E ontem acabei descobrindo um novo vazamento de óleo. Estava pingando bem embaixo de onde tinham mudado umas juntas. Como ia no cinema novamente, preferi usar o carro de meu pai, já que tínhamos trocado a bateria e eu esperava que não aconteceria o mesmo problema de novo.



Não, não aconteceu nada...não estava tão azarado assim.



E lá foi meu pai novamente, hoje pela manhã, falar com os mecânicos devoradores de goiabinha. Era só mais uma junta, trocaram até rápido, e não deu tempo deles provarem a barrinha de morango com chocolate.

Meu pai ia levar o carro dele pra deixar com Dinho e iria me dar uma carona até a oficina pra que eu pegasse meu carro. Na saída do condomínio, como quase todos os dias, estava o caminhão de lixo recolhendo os tonéis. Como quase todos os dias que isso acontece, o motorista do caminhão tinha deixado um espaço na frente para que as pessoas possam entrar e sair do condomínio. E, como em todas as vezes, meu pai deu uma buzinada e avançou um pouco na frente do caminhão olhando quem vinha na pista, pra poder sair. Quando deu, ele saiu.


E o caminhão também...


Não aconteceu nada com meu pai nem comigo, mas o caminhão destruiu a porta, jogou longe o retrovisor do motorista e arrastou nosso carro por quase um metro, acabando com a roda do lado do carona no processo. A polícia demorou pra chegar aqui, meu pai já estava puto, nervoso, chateado e todos os adjetivos equivalentes. O motorista pareceu reconhecer que foi um erro dele, que ele não viu o carro. Mas ninguém sabe o que ele escreveu na ocorrência. O resultado sai em 3 dias.


Dei meu carro a Dinho, que foi pra uma cirurgia em Salvador. Estou aqui torcendo pra que mais nada aconteça, já basta. Além disso tudo aí, um amigo de colégio bateu feio o carro, o de minha tia parou no meio da Bonocô, a irmã de uma amiga capotou. Felizmente, nada grave, mas é péssimo ficar sabendo dessas coisas. Nada aqui foi resultado de imperícia, ou impudência: foram incidentes completamente alheios, coisas que aconteceram e pronto. Mas chega de emoções desse quilate por uma semana, né?
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