segunda-feira, 16 de abril de 2007

| design | celulares


Acabei de trocar meu celular.

Não era minha intenção fazer isso agora, já que estava com um que me satisfazia há pouco mais de 4 meses. Acabei perdendo ele ( que já tinha sido comprado porque o anterior foi roubado ) em um ônibus, o que me levou a comprar um novo. Ele não tinha sido caro, havia comprado em uma promoção, mas para realmente se pagar ele teria que ter ficado comigo por muito mais tempo, no meu entender.

Na verdade, nem ia comprar um novo; estava já certo de usar um celular velho aqui de casa, voltando a usar a Vivo. Mas resolvi dar uma olhada nos celulares de baixo custo da Claro, pra evitar ter que avisar a todos sobre o novo número. Tinha que ser barato porquê dinheiro não nasce em árvore, como sabemos. Acabei me deparando com o Motorola F3, abaixo.


Ele não é o sonho de consumo de ninguém; é bastante criticado pelos fóruns afora, e é tratado como o celular ideal para o vovô, a vovó e aquele parente tabaréu que não sabe o que é mp3.
Realmente é bastante bom para esse público, mas enxergo um pouco diferente a situação. O F3 não tem absolutamente nenhum recurso além do básico, mas ele traz exatamente o que eu espero de um celular:

Tem muito boa recepção;
É bem discreto, com design limpo, na linha dos Motorzr. Ele tem mais ou menos 9mm de espessura;
Envia e recebe torpedos;
Tem vibracall;
A bateria dura, segundo a Motorola, até 12 dias;
Tem viva-voz.

E me custou, com alguns descontos, R$ 44.

As maiores reclamações por aí é de que ele parece de brinquedo ( o que eu discordo, mas três pessoas que viram me disseram isso já. "Controle remoto" e "Que porra é essa?!" também foram termos que já ouvi ) e que a tela é ruim. É nesse ponto que têm que ser feitas algumas ressalvas: pra quem está acostumado às telas dos celulares novos, coloridas e prontas pra entupir de fotos, pode parecer um retrocesso usar um aparelho com fundo branco e letras pretas. Mas é justamente essa tela o diferencial do F3. Ela é a tela que está sendo usada para a criação de livros digitais, que gasta quase nada de bateria e é completamente visível e nítida, de vários ângulos e mesmo sob luminosidade intensa. O funcionamento dela é bem simples: pequenas cargas elétricas rearrumam os pixels, "imprimindo" a imagem na tela. É uma tecnologia que está engatinhando ainda, e certamente vai melhorar bastante. Acho bacana a iniciativa de aplicá-la em um aparelho que é claramente pensado para mercados de baixo poder aquisitivo, sem deixar que o aparelho seja feio ou descartável.

Nesse vídeo, um cara faz um review bem malvado do F3:




Agora, depois de 2 semanas de uso, vejo que a bateria não dura tanto assim, se o telefone for usado, apesar de ter batido 10 dias na primeira carga. Me parece que o normal será algo em torno de 6 ou 7 dias, falando, usando despertador e vibracall. Não tenho problemas com ele, mas só uma reclamação: ele bem que poderia ter um pouco de memória. Os números ficam guardados no chip, não no aparelho. Ele não podem ser editados, apenas apagados. E, apesar de não saber se isso é alguma configuração que falta ser feita, o telefone apaga as mensagens de texto assim que termino de ler. Nisso, realmente, tiro uns pontos do F3. No mais, funciona perfeitamente para mim.

Agora, é óbvio que meu sonho de consumo portátil é um IPhone.
É claro que, se tivesse a chance, teria um gadget cheio de recursos.

Só acho que eles ainda não são padrão...os que estão por aí normalmente ficam no meio do caminho entre esse meu celular e um bom tudo-em-um. Os que estão por aí têm recursos que não me fariam desistir de uma boa câmera digital, ou de um bom toca MP3. Existem exceções, claro, e eles são da Motorola, da Nokia e da Sony-Ericsson. Ainda assim, exceções.

Mas os que eu acho que realmente valem a pena são os que estão saindo agora, e os que vão ser lançados ao longo do ano. Esses sim, com câmera de mais de 2mpx, zoomde3x ou mais, capacidade de armazenamento em torno de 512 podendo ser expandida pra 1gb ou mais, tocador de MP3 e rádio, valerão a pena ser comprados. Certamente serão, mas não por agora.



E, em se tratando de futuro, as idéias não param. Neste site são mostrados alguns conceitos interessantes do que pode vir a ser seu aparelho celular dentro de alguns anos. Vale a visita, e segue um exemplo do que você vai ver por lá.
Nokia Aeon

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