quarta-feira, 8 de agosto de 2007

| cinema | Duro de Matar 4.0

John Wayne, John Rambo, Jack Bauer, James Bond. Jack Mosley, Jason Bourne. Jim Gordon, John Stuwart, J'onn J'onzz, the Joker. Pensando um pouco, lembrei até de Jece Valadão, Joseph Climber e Zé (José...) Pequeno.


O que esses personagens têm em comum?

Em primeiro lugar, o curioso e óbvio: nomes começados por "J".
Outra coisa é o fato de que esses são personagens que por amor, loucura, teimosia, coragem, inteligência e/ou talento representam o ideário do "Macho". Eles são o Homem com H maiúsculo que ri na frente do perigo, que pensa e age com velocidade e agilidade, que sempre tem as respostas prontas pra quando precisam dele. Esse Homem aí não tem medo de bala, sabe trocar sopapos como ninguém e sempre vai arranjar um jeito de acabar com o inimigo. É imune a cortes e ferimentos de toda ordem, inclusive concussões, ossos quebrados e tiros no peito.

E nessa lista ( que certamente é bem maior ) não posso deixar de incluir John McLane.

John McLane - O Herói, a Lenda, o Mito!

"Duro de Matar" é um termo que já está desatualizado há um bom tempo, um adjetivo que já não corresponde à dimensão que a personagem de Bruce Willis apresenta em tela. Posso dizer, sem medo, que John McLane daria muito trabalho a essa lista inteira que escrevi aí em cima.




Hoje assisti ao último filme da quadrilogia, o "Duro de Matar 4.0" ( Live Free or Die Hard, 2007 ) . E é diversão garantida. Tiros, explosões, humor e um John McLane impecável. É o típico filme em que não se pensa na física nem na biologia, mas se desliga o cérebro e curte uma diversão honesta por duas horas de projeção. Se alguém começar a reclamar de mentiras, mande calar a boca, ao melhor estilo McLane de ser: esse é o tipo de crítica que não cabe aqui.

O cerne da história é bem simples e envolvente: o vilão, pra conseguir uns trocados, resolve explorar o medo das pessoas e para isso paralisa serviços essencias de transporte, energia, comunicação. Cabe ao nosso herói turrão acabar com essa história, proteger um supeito e, de quebra, se acertar com sua filha.

Devo destacar aqui o trabalho do roteirista Mark Bomback. Ele conseguiu algumas das mais autênticas e originais situações de destruição de propriedade que já tinha visto em uma mesma película. Reparem na sequência da perseguição do helicóptero, no início do filme, e depois me digam se não concordam comigo. E, no fim das contas, é um roteiro bem amarrado, que não foge da fórmula já consagrada da série e que funciona bastante bem. Diretores de efeitos especiais e fotografia também foram muito felizes, bem como os que escolheram os atores.

Todos os coadjuvantes só engrandecem Bruce Willis. O vilão é insanamente inteligente e, como nos filmes anteriores, não consegue lidar muito bem com a idéia de um policial acabar com seus planos de dominação mundial. Equipes inteiras do FBI não conseguem fazer o que John e o hacker Matt ( Justin Long ) conseguem, pautando suas ações apenas com a informação que os dois trazem. E a família de John o despreza pra mostrar na tela que, apesar do super-heroísmo, ele ainda é humano, com falhas e decepções e mágoas. Nesse filme, a família é personificada em Lucy, sua filha, interpretada por Mary Elizabeth Winstead, rostinho novo e muito bonito, que conheci em GrindHouse (2007). Estão lá também Kevin Smith e Maggie Q, em pontas importantes.

Creio que seja o último filme da série, mas obviamente ( por motivos hollywoodianos ) não posso ter certeza disso. Especialmente porque agora, procurando uma imagem pra postar aqui, acabei de descobrir uma coisa: tem mais filme depois dos créditos! Droga, na hora até pensei em ficar, mas como já estava tarde e saí conversando, o pensamento dispersou. Ainda não encontrei no Youtube mas é questão de tempo. Quem for assistir depois me conte.

É coerente com os outros três, que vêm mostrando uma evolução na Dureza de John McLane. Ele melhora com o avançar da idade. Inclusive alguns "exageros" oitentistas estão lá, deixando os quatro filmes bem identificáveis como uma série, com uma linha do tempo bem coesa. É um filme que fecha bem essa sequência, e que vale a pena ser assistido.

E o Bruce Willis mais uma vez se supera. Ele não é lá um grande ator, mas tem uma qualidade que é inestimável pra quem está nesse ramo: sabe escolher os papéis que vai interpretar. E ele se sai muito bem na pele desse Homem durão, mas de bom coração. Se pensarmos bem, o John McLane poderia muito bem ser substituído por Hartigan, Harry Stamper, Butch ou Korben Dallas. Todos com mesmas características, todos movidos pela paixão, são o resumo da carreira de Willis.

Estou curioso pra assistir à versão dublada, já que o ator que fazia a voz de Bruce aqui no Brasil morreu ano passado. Sempre achei uma das melhores vozes, daquelas que mais se integram à pessoa, à maneira de falar, e sempre foi completamente reconhecível pra mim. O novo ator dublou Willis somente em "Doze Homens...", que eu não vi.



É filme altamente recomendado, e é representante de peso pra disputar prêmios em um ano muito bom, quando tivemos 300, Piratas 3, Ratatouille, Transformers e HP5. Ainda vai aparecer Simpsons (que é sensacional), Ultimato Bourne, Stardust e Bee por aí. Está sendo um ano divertido, no fim das contas, uma preparação para os filmes tamanho XGG de 2008.



Leia aqui a opinião de Fábio.

"Destampa, McLane" no Blogue de Billy.

Veja informações dos três filmes aqui, aqui e aqui.

8 comentários:

Felipe Barreira disse...

Hahahaha. Do caralho! Falou tudo. Vou escrever meu comentário no meu blog e indicar o seu. Depois passe lá.

Alexandre Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alexandre Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alexandre Freitas disse...

Rapaz, lá naquela primeira lista, faltou JUCK NORRIS.

San disse...

É, Xande, deveria ter colocado o Juck na lista...

E Billy, valeu pelo comentário. Estou esperando sua opinião também. Eu, Ameba e Dani só lembrávamos de você durante o filme.

Felipe Barreira disse...

Pois é eu ri muito e me diverti mais ainda. O filme é realmente divertido.

Unknown disse...

Poxa, San, ficamos na sala esperando as cenas depois dos créditos e... nada :( Mas, fora essa frustração, o filme valeu. Agora, que a cena do F-35 foi descatável, isso foi :P Tá pra nascer piloto de caça tão mixuruca. Rs!

Fábio disse...

Rapaz, quando terminei de ler a lista que abre o post pensei:

"-Quantos machões com inicial J precisam para fazer Chuck Norris suar?"

Heheheh

Ficou excelente o post, só não identifiquei qual é o HP5.

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