terça-feira, 4 de setembro de 2007

| cotidiano | Semana estranha

Os últimos dias têm sido estranhos, para os carros aqui de casa.

Mês passado, levei uma multa besta, e fiz minha defesa por esses dias. Nenhuma resposta ainda.

Semana passada, levei o meu carro para dar uma olhada no óleo, que já fazia um tempo que não mudava. Queria limpar o motor, retirando o óleo velho e colocando um novo. Acabei descobrindo um vazamento e que grande parte do óleo tinha virado uma graxa nojenta dentro do motor e nas paredes dos dutos. Numa analogia bem simples, meu carro estava perto de um infarte.

Ele voltou todo sujo, já que parte do motor foi desmontada para poder limpar e trocar filtros, retentores e juntas. Uma grana muito maior do que a que esperava gastar, com o agravante de que os caras comeram as goiabinhas do meu porta luvas! No manuseio, os mecânicos ainda deixaram bancos e volante e tapetes sujos.

Como não tive tempo de lavar tudo isso, peguei o carro de meu pai para ir ao cinema na quinta-feira passada. Chegando no estacionamento do shopping, o carro morreu. Simples assim. Não pegava. De jeito nenhum o arranque funcionava, tive que empurrar o bendito até uma vaga próxima. Continuamos o programa, já que conseguimos um plano B caso o carro realmente não funcionasse depois do cinema. Por sorte, depois da projeção ( e de termos andado como a porra pra chegar onde tinha estacionado ) o carro pegou sem maiores problemas. Fiquei com receio dele morrer no meio da viagem, mas não teve nenhum problema no caminho. Trocamos a bateria no dia seguinte.


Repus o estoque de goiabinhas e barras de cereal do porta-luvas de meu carro, que ficou com meu irmão enquanto trocávamos a bateria e fazíamos uma mini revisão no outro carro. Isso foi Sexta-feira, um dia que choveu canivetes, o dia inteiro.
Pois justo neste dia, Dinho deixou a janela do carro aberta. Foi alguma carona que ele deu.
Com o banco do lado direito encharcado, o carro ficou com um budum terrível, pois eu ainda não o tinha lavado. Ainda usei ele pra levar Beto e Filipe pro aniversário de Kali, e o coitado do Tio Fil ficou com a calça toda molhada a noite inteira. Sacanagem. Na volta para casa, ele não se sentou no molhado e ficou no banco atrás de mim. Com a minha janela aberta, um carro passou ao nosso lado, numa poça escrota. Adivinha como a gente ficou?


No sábado, que não estava em casa. meus pais deixaram o carro aberto pra ventilar um pouco e ver se ajudava na secagem dos bancos. O dia era de sol. Quando já estava quase seco, uma chuva de açoite molhou tudo novamente, só que agora também o lado do motorista!


No domingo de manhã fui lavar o carro. Acabei descobrindo uns arranhões novos, provavelmente vindos da oficina. Nenhum ponto de ferrugem foi encontrado durante a inspeção. No entanto, alguns pedaços da pintura estão descascando, certamente por causa do salitre.

A pintura também está meio queimada no teto e no capô, fruto da ação dos incontáveis passarinhos da área, que insistem em realizar suas necessidades em cima do carro. Aliás, eles estavam comigo enquanto eu lavava o carro, e em um momento até desliguei o som para poder ouví-los. Contei uns 5 deles, de 3 espécies diferentes, no muro lá de casa. Terminei de enxugar o carro, arrumei as coisas dentro do balde e fui guardar. Estava disposto, e peguei até uma cera pra lustrar um pouco a pintura maltratada. Quando voltei, fiquei puto: os sacanas dos passarinhos tinham cagado em todos os cantos do carro! No vidro, na frente, na porta...e o maior deles, que também deixou a maior quantidade de material depositado, fez bem na minha frente. Estava me esperando, o desgraçado, numa atitude que só consigo traduzir como sendo pra mostrar quem é que manda. Que miséra! Limpei novamente a caca dos bichos, mas dessa vez foi com mangueira e bucha. Acabei deixando secando na sombra mesmo, e obviamente perdi qualquer tesão em lustrar o carro e coisas do gênero.

Ah, lavando o carro vi que o vidro ali do pisca do lado do motorista sumiu. Ninguém bateu, ninguém arrancou, e a lâmpada está intacta. Simplesmente sumiu. Deve ter caído por aí.


E ontem acabei descobrindo um novo vazamento de óleo. Estava pingando bem embaixo de onde tinham mudado umas juntas. Como ia no cinema novamente, preferi usar o carro de meu pai, já que tínhamos trocado a bateria e eu esperava que não aconteceria o mesmo problema de novo.



Não, não aconteceu nada...não estava tão azarado assim.



E lá foi meu pai novamente, hoje pela manhã, falar com os mecânicos devoradores de goiabinha. Era só mais uma junta, trocaram até rápido, e não deu tempo deles provarem a barrinha de morango com chocolate.

Meu pai ia levar o carro dele pra deixar com Dinho e iria me dar uma carona até a oficina pra que eu pegasse meu carro. Na saída do condomínio, como quase todos os dias, estava o caminhão de lixo recolhendo os tonéis. Como quase todos os dias que isso acontece, o motorista do caminhão tinha deixado um espaço na frente para que as pessoas possam entrar e sair do condomínio. E, como em todas as vezes, meu pai deu uma buzinada e avançou um pouco na frente do caminhão olhando quem vinha na pista, pra poder sair. Quando deu, ele saiu.


E o caminhão também...


Não aconteceu nada com meu pai nem comigo, mas o caminhão destruiu a porta, jogou longe o retrovisor do motorista e arrastou nosso carro por quase um metro, acabando com a roda do lado do carona no processo. A polícia demorou pra chegar aqui, meu pai já estava puto, nervoso, chateado e todos os adjetivos equivalentes. O motorista pareceu reconhecer que foi um erro dele, que ele não viu o carro. Mas ninguém sabe o que ele escreveu na ocorrência. O resultado sai em 3 dias.


Dei meu carro a Dinho, que foi pra uma cirurgia em Salvador. Estou aqui torcendo pra que mais nada aconteça, já basta. Além disso tudo aí, um amigo de colégio bateu feio o carro, o de minha tia parou no meio da Bonocô, a irmã de uma amiga capotou. Felizmente, nada grave, mas é péssimo ficar sabendo dessas coisas. Nada aqui foi resultado de imperícia, ou impudência: foram incidentes completamente alheios, coisas que aconteceram e pronto. Mas chega de emoções desse quilate por uma semana, né?

3 comentários:

Alexandre Freitas disse...

E o pior é que ele nem se transforma em robô de marte!

É meu fio... o negócio é andar de onibus! Já viu lá no blog de Kaká os cálculos de custo do carro?

Felipe Barreira disse...

O pior é que Salvador não é o tipo de cidade que te propicie andar de ônibus, a não ser que você more e trabalhe no centro da cidade, porque aí tudo vai ficar perto.
Agora imageine toda essa grana que está investida no seu carro. Você já paro upra pensar que tudo que você gasta com ele daria pra comprar um Mac, ou uma EOS MarK III, ou uma Nikon D3?

San disse...

Pois é, caras... manter um carro é terrivelmente caro. Tava conversando com Xande e o carro leva fácil mais ou menos 50% de meus gastos anuais. E olha que eu ainda ando de ônibus 80% do tempo.

Eu vi lá os cálculos de Kaká. E é justamente o custo de oportunidade que não levei em consideração, Billy, quando comprei o carro. Mas ele tem martelado o pensamento ultimamente.

Mas preciso de uma alternativa ao ônibus. Considerando algumas capitais que já visitei, Salvador é realmente a pior experiência que se pode ter em relação a transportes públicos. Por isso meu carro já vai fazer 5 anos comigo: na hora do aperto, da necessidade ou mesmo da vontade, não dá pra contar com o ônibus.

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