domingo, 15 de julho de 2007

| design | Sydney Freitas e Robson Santos

Na sexta passada fomos eu, Xandolino e Guga na segunda palestra da série que está acontecendo na "Beloved Jorge".

A fala inicial foi feita por Sydney Freitas, com o titulo "Design: profissão ou passa-tempo?". A mensagem foi bem clara: não seja romântico! No design - e posso sem problemas estender esse conceito à arquitetura - temos que ser pragmáticos em algum momento. Existem prazos, os projetos têm que ser entregues, o cliente está pagando por aquilo, caramba. Deve-se encarar com profissionalismo esse nosso trabalho, senão as coisas não andam. O foco tem que ser no cliente, e o processo de trabalho tem que ser ganha-ganha pra todos os envolvidos. Ao mesmo tempo que ele prega esse racionalismo, ele diz que isso deve ser feito com paixão, com tesão, com vontade. Mas sem perder o foco, sempre com um objetivo em mente, guiando nossas ações pra um sentido maior, de satisfação pessoal.


Em seguida, veio um figuraça chamado Robson Santos. Ele falou de inspiração, de como normalmente esperamos que a idéia genial chegue de pára-quedas e se instale em nosso trabalho. Quase nunca ela vem, e o pânico do último minuto acaba despertando idéias que até poderiam ser aproveitadas, mas que na sua maioria se mostram fuleiras. Em uma bela analogia com o sistema respiratório, ele mostrou que a inspiração só vem se nos educarmos a procurá-la, se soubermos olhar à nossa volta, se buscarmos criar referências, parâmetros, enfim, se formos enchendo esse nosso museu atrás de nossos olhos com informações que vão balisar nossas decisões projetuais. E que deve ser um processo contínuo, constante e initerrupto de inspiração e exalação de idéias, funcionando automaticamente. Ele lembrou que, apesar de essencial, a inspiração é uma parcela mínima em um projeto, e que 90% dele é feito de transpiração. Mais uma vez, tudo isso pode ser transposto completamente pra arquitetura.


Meu pensamento hoje está bem alinhado com o que eles disseram...nessa trabalheira pra terminar o TFG tenho tentado ver e rever meus métodos de trabalho, procurando ganhar tempo, realizar um bom projeto em tempo hábil. Não tenho conseguido, meus prazos pessoais já foram ultrapassados, e muito. Mas a experiência acho que deve ajudar bastante no meu futuro trato com clientes. Esta semana mesmo estava pesquisando sobre como "educar" a criatividade, como controlar o fluxo de idéias, como organizar as decisões de projeto, como otimizar o tempo gasto e coisas do gênero. As palestras dos dois vieram mais do que oportunamente clarear esse pensamento. Eles disseram coisas meio óbvias e que todos sabemos, mas que dificilmente aplicamos. Quer dizer, falo por mim, obviamente, mas não imagino que seja tão diferente em outras profissões.

E você, o que acha? Como se comporta?

2 comentários:

Robson Santos disse...

caríssimo san, como vai?
muito bom saber que você gostou do que a "figuraça" aqui falou... rs rs

realmente, acho que tudo deve ser feito com o coração, seja design arquitetura ou churrasquinho.

mantenha contato, amigo!

abs

Felipe Barreira disse...

Eu sempre procurei formar um repertório que pudesse embasar a minha criação. Meus pais sempre reclamaram comigo porque eu leio muito comic books, mas, sem sombra de dúvida, essa têm sido a maior fonte de informação visual para o meu trabalho. Sempre que vou preparar o conceito de fotografia de um filme eu me lembro de Tim Sale, Mazzuchelli, Michael Lark... E essa é só uma parte do que eu guardo na cabeça. Praticamente tudo que eu vejo me serve como fonte de idéias.

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